CONHEÇA PORTUGAL VIAJANDO DE COMBOIO...
O COMBOIO É UM TRANSPORTE AMIGO DO AMBIENTE !
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Comboio CPA 4000 Alfa pendular composto por 6 carruagens com capacidade para 301 passageiros.Na carruagem 4 os lugares 74 e 76 são reserva...
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Assistente comercial
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Operador de manobras
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Operador de transportes
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Inspector de transportes
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Tecnico de transportes
CARREIRA DE CONDUÇÃO-FERROVIA
Maquinista
Inspector de condução-ferrovia
Inspector chefe de condução-ferrovia
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Operador de material
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Dá gosto ver esta juventude a conviver!
ResponderEliminarBonito realmente de ver. Guardem bem estas memórias. Vou contar-lhes outras memórias dos mesmos almoços ferroviários:
ResponderEliminarFrango no vapor
– Vocês nem imaginam a vida nos comboios nos tempos que eu vim para a CP. Entrei como conferente. Em 39. Havia ordem. Se calhar até demais. O chefe da estação naquele tempo era uma autoridade. O revisor dentro do comboio era respeitado. Havia camaradagem entre o pessoal. Vocês nem imaginam a vida nos comboios. Em todos eles, mas nos de mercadorias então... Passava-se uma semana sem virmos a casa. Os ferroviários eram mesmo uma família. Não havia essa correria que há hoje, que ninguém se fala. Nem era como agora, que andam uns a ver como é que hão-de enganar os outros. Palmadinhas nas costas, muitos floreados, mas quando chega o momento, não há carácter, vende-se o amigo de ontem.
Havia camaradagem, mas a vida não era uma pêra doce. Havia a crise, ganhava-se pouco, mas o pessoal dos comboios ia-se safando. As refeições eram feitas em grupo. Havia aquelas estações habituais que era vê-los a amesandar-se. Grandes pratos de alumínio, onde comiam seis pessoas em conjunto. Não havia horários para as refeições, mas havia tempo para tudo. O almoço, as mais das vezes, era cozido em cima do comboio. Comprava-se umas carnes numa praça, e o fogueiro ao mesmo tempo que suava a deitar carvão à máquina ia cozendo a comida no vapor.
Não imagina o que era uma perna de vaca cozida no vapor...
Não havia segredo nenhum: Dentro de uma panela maior era colocada outra panela mais pequena. Eram soldadas, de modo a ficar um vazio entre as duas. Neste vão era onde se punha a água. A panela era colocada em cima dos tubos da água quente. O vapor que se formava entre as duas panelas é que cozia a comida.
E um franguinho roubado, cozido no vapor!, era divinal... Nem faz ideia...
Você nem queira saber o que era o comer a bordo. Era qualquer coisa de formidável!
As 0200 eram as máquinas mais valentes. Os grandes comboios de mercadorias eram feitos com estas máquinas. E eram estas as que deixavam a comida melhor.
Em todas as estações os comboios paravam muito tempo. Em todas elas carregavam mercadorias, deixavam vagões, tomavam vagões. Era o tempo das estações floridas. Em todas as estações havia um bonito jardim que escondia sempre uma bela capoeira. Hoje, as inestéticas capoeiras desapareceram, os jardins não dão lucro e gado que não faz esterco, fora do curral!
Os fogueiros, os guarda-freios, os conferentes, enquanto os agulheiros com os maquinistas estavam a fazer a manobra, havia sempre um que arranjava maneira de caçar uma galinha para cozinhar no vapor, para a próxima refeição. Não falhava! Lá ia uma, depois outra...
Os chefes iam tornando as culpas às raposas. Se calhar também desconfiavam das raposas de duas patas.
Mas era fantástica a comida feita a bordo dos comboios! E a camaradagem, aquele sentido de unidade que estes almoços proporcionavam!
No Louriçal, fartos de verem desaparecer as galinhas, o chefe e o agulheiro arranjaram uma maneira em que a porta do galinheiro abria, mas quem entrasse já não podia sair.
Um dia o fogueiro de uma 0200 enquanto o maquinista fazia a manobra aproveitou e, num pulo, vá de ir até à capoeira. Ia ser mais um franguinho cozido no vapor...
O chefe apitava, apitava, e nada. O maquinista lá ao fundo da linha, não se punha em marcha.
O maquinista apitava e o fogueiro não aparecia. O agulheiro foi ver à capoeira e estava um “raposo” lá dentro, preso na armadilha.
Ficou-lhe caro, o almoço. Paciência! Naquele dia teve azar...
Um abraço Silvério.
Manuel Evangelista